A característica visual principal da Terra, quando observada do espaço, é sua cobertura de nuvens. Dentre os componentes da atmosfera, a cobertura de nuvens é o principal agente nos processos de interação da luz solar incidente na Terra. Devido a isso, informações sobre a cobertura/tipo de nuvens são de grande importância e auxiliam na compreensão de várias questões, em diversas áreas das ciências atmosféricas e do meio ambiente.
O início da formação da nuvem começa com a evaporação da água dos rios, lagos e oceanos, e com a transpiração das plantas, onde a água passa do estado líquido para o estado gasoso. Como o ar quente sobe para a atmosfera, a água em estado gasoso esfria e o vapor d’água que ela contém, condensa em torno de núcleos de condensação, e passa do estado gasoso para o estado líquido de novo.
Núcleos de condensação são partículas formadas de sal, poeira e ácidos encontrados na atmosfera, assim como partículas produzidas de emissões biogênicas de enxofre, produtos de queima de vegetação e materiais fósseis. O vapor d’água se condensa em torno desses núcleos, que possuem afinidade química com vapor d’água. E assim formada a nuvem, ela pode evoluir, crescendo cada vez mais, ou se dissipar.
O aspecto de uma nuvem depende de vários fatores: dimensões, número e distribuição no espaço das partículas que as formam. Depende também da intensidade e da cor da luz que a nuvem recebe. Estes fatores serão levados em consideração na descrição de cada uma das formas características das nuvens. Em 1802, um cientista britânico criou uma classificação de nuvens e utilizou palavras em latim para nomear as nuvens, que são basicamente:
Cirrus, que significa tufo de cabelo;
Cumulus, que significa amontoado;
Stratus, que significa camada;
Nimbus, que significa chuva.
As nuvens também podem ser líquidas (constituídas por gotículas de água), sólidas (constituídas por cristais de gelo) e mistas (constituídas por gotículas de água e cristais de gelo). De acordo com o Altas Internacional de Nuvens da WMO (World Meteorological Organization), existem três estágios de nuvens:
Nuvens altas (com base acima de 6km de altura – sólidas). Exemplos: cirrocumulus, cirrus, e cirrostratus;
Nuvens médias (base entre 2 a 4 km de altura nos polos, entre 2 a 7 km em latitudes médias, e entre 2 a 8 km no equador – líquidas e mistas). Exemplos: altocumulus e altostratus;
Nuvens baixas (base até 2km de altura – líquidas). Exemplos: tratus, cumulus, e stratocumulus e cumulonimbus. As nuvens cumulonimbus podem crescer verticalmente e até atingir outros níveis.
Para mais informações, confira o link da WMO: http://public.wmo.int/en/media/news/international-cloud-atlas
Para acessar o Atlas de Nuvens, da WMO, confira o link: http://library.wmo.int/pmb_ged/wmo_407_en-v2.pdf